Livro de fotografias de André Vilaron, com curadoria e texto de apresentação de Cinara Barbosa. Tem como tema a história de Brasília, do Distrito Federal e da ocupação da região de Cerrado do Planalto Central, na perspectiva de passado, presente e futuro. A partir de em uma narrativa visual, são apresentadas referências a projetos de mudança da capital, do litoral para o interior, que começaram a partir do século XVIII, muito tempo antes da construção de Brasília, nos anos 1950. O livro inicia o percurso visual com imagens do Cerrado, como origem primordial. De acordo com Cinara Barbosa, no texto de apresentação, Vilaron “realiza questionamentos sobre a concepção das imagens, tanto como documento, quanto ficção” e com isso se interessa pelos modos de contar aquilo que representa a história da cidade que podemos reimaginar e reconhecer. Ao mostrar "outras Brasílias", o livro aponta que sua “construção” continua, pela forma como os marcos da cidade vão sendo redefinidos por aqueles que a vivenciam. Nesse percurso, para além do Plano Piloto, aparecem regiões administrativas diversas e as ‘quebradas’, como Ceilândia, Samambaia e São Sebastião, com seus moradores e as pessoas que as vivenciam. Um dos destaques é a Pedra Fundamental do que viria a ser a nova capital, fixada em 1922 em Planaltina, por ocasião do Centenário da Independência do Brasil. A imagem lança um questionamento sobre a relação que se cultiva e se deseja construir com a memória local e o nosso patrimônio.
André Vilaron (Rio de Janeiro, 1967) é fotógrafo, curador, editor e gestor público federal. Vive e trabalha em Brasília. Com formação em Cinema e Fotografia, desde 1993 participa de diversas exposições, individuais e coletivas, no Brasil e no exterior. Foi bolsista da Fundação Guggenheim – John Simon Guggenheim Memorial Foundation, na área de Creative Arts – Photograph (2002-2003) e sócio-diretor da galeria Câmara Clara, com Cinara Barbosa, especializada em Fotografia (Rio de Janeiro, 1999-2003).
Em 1998 recebeu Menção Especial no Prêmio Nacional de Fotografia, da Funarte. Em 2004, recebeu o prêmio de Melhor Portfólio no Encuentros Abiertos – Festival de La Luz– Festival Internacional de Fotografia da Argentina. Foi idealizador e curador da exposição Amrik – presença árabe na América do Sul, inaugurada no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) de Brasília, em 2005, e que foi apresentada em diversos países, tendo sido exibida, entre outros, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, na Casa da America, em Madri, no Palácio da Cultura, em Argel, no Palácio La Moneda, em Santiago, Chile, entre outros. Foi também chefe da área de publicações do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e editor da Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Brasília, 2018-2020). Possui trabalhos em coleções como Museu AfroBrasil (São Paulo); Fundação Cultural da Fotografia de Curitiba; Museu da República (Rio de Janeiro); Fundação Cultural Palmares (Brasília); e coleção Joaquim Paiva de Fotografia Contemporânea – Museu de Arte Moderna (MAM, Rio de Janeiro).
O quadrilátero - André Vilaron
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formato 22,5x30,8cm número de páginas 132 idioma português miolo couche fosco 150grs capa cartão supremo 300grs tiragem 800 exemplares edição 2024 gráfica Gráfica Movimento